Trata-se de Olga Madede, que ousou apostar na área de cuidados domiciliários, tendo, para tal, criado a AED – Assistência de Enfermagem ao Domicílio, que se dedica à prestação de cuidados de saúde personalizados ao domicílio.

O objectivo principal da AED é oferecer, aos pacientes portadores de patologias crónicas severas e complexas, um atendimento completo que proporcione condições necessárias para a recuperação e manutenção das capacidades físicas e mentais.

“Trabalhamos com doentes crónicos, deficientes, idosos, vítimas de acidentes, entre outros que não conseguem cuidar de si próprios, ajudando, por exemplo, na alimentação, administração de medicamentos, e muito mais ”, explica Olga Madede.

Surgimento

A ideia de criar a AED surgiu depois de notar que, invariavelmente, as famílias se vêem obrigadas a alterar as suas rotinas quando têm um doente em casa dada a necessidade de continuar a prestar cuidados que, geralmente, exigem um certo domínio.

Sendo uma profissional de saúde, que trabalha directamente com indivíduos sofrendo de diversas patologias e observando as suas rotinas, Olga Madede conta que vivia o sofrimento desses doentes e das suas famílias. “É um enorme desafio, para as famílias e pacientes, lidar com a doença fora do hospital e assegurar que o paciente tenha condições necessárias para recuperar”.

Cuidados prestados

Actualmente, a AED presta cuidados de ordem física e apoio psicossocial aos pacientes e suas famílias, de modo a contribuir para o seu equilíbrio e bem-estar, nomeadamente: enfermagem, fisioterapia (acompanhamento e observação na recuperação de movimentos através de massagens e exercícios físicos), acompanhamento de doentes crónicos, nutrição, apoio psicossocial e assistência médica.

Inserção no mercado

Por se tratar de uma área relativamente nova no mercado, a inserção da AED foi um processo desafiador, “uma vez que o tipo de serviços por nós oferecido não era muito conhecido. Por isso, havia pouca procura e falta de confiança por parte dos potenciais clientes. Porém, à medida que o tempo foi passando, as pessoas foram ganhando mais confiança e aperceberam-se da importância e das vantagens que este tipo de serviços proporciona”.

Pandemia como catalisador de crescimento

Quando a pandemia do novo Coronavírus eclodiu, a AED teve de traçar novas estratégias e adoptar medidas com vista a responder de forma rápida e eficaz aos desafios impostos pelo “novo normal”.

“Adoptámos algumas estratégias que nos permitiram minorar o impacto da pandemia, tais como o reforço do stock de material e equipamento necessários, reforço e treinamento das equipas para responder à altura das exigências, observância das medidas de prevenção, entre outras”, explica Olga Madede.

Entretanto, e contrariamente ao que sucedeu a muitas empresas, a demanda pelos serviços da AED aumentou substancialmente após a eclosão da Covid-19 por se tratar de uma empresa que actua na área de prestação de serviços de saúde, o que contribuiu para ao seu crescimento e visibilidade no mercado.

Importância do Standard Bank no fomento e promoção das PME

Olga Madede tem participado em diversas iniciativas promovidas pela Incubadora de Negócios do Standard Bank. Dado o seu percurso na área de empreendedorismo, foi, nalgumas ocasiões, convidada como uma das oradoras do Lioness Lean in Breakfast, um evento de partilha de experiências e estabelecimento de parcerias no ramo empresarial entre mulheres empreendedoras.

“Foi muito importante para mim pois marcou o início da divulgação da Assistência de Enfermagem ao Domicílio no mercado. Pude explorar as redes de contacto criadas, compartilhar algumas ideias na área de negócios, o que contribuiu para a atracção de novos clientes e investidores”.

Por isso, a fundadora da AED considera o Standard Bank um parceiro relevante para os empreendedores e as Pequenas e Médias Empresas (PME), em particular as criadas e geridas/administradas por mulheres.