oradores da II Conferência Internacional do Carvão, que decorreu em Maputo, entre os dias cinco e seis de Julho de 2011, na qual participaram mais de 300 investidores, produtores, fornecedores de carvão e membros do Governo moçambicano.

A melhoria das infra-estruturas rodoviárias e ferro-portuárias para o escoamento do carvão, como factor fundamental para que o projecto de prospecção das Minas de Moatize, na província de Tete, ofereça o máximo benefício à economia moçambicana, constituiu um dos pontos apresentados por Rajat Kholi, com mais de 20 anos de experiência no sector de minas e metais.

Na sua dissertação sob o tema “Desenvolvimento das Minas de Moatize e implicações de financiamento”, Rajat Kholi sustentou ser necessário “encontrar uma solução para o financiamento de infra-estruturas, o que requer uma abordagem global para decidir sobre a melhor rota de exportação e ainda sobre a melhor opção de desenvolvimento, tanto com o envolvimento do sector privado como do Governo”.

Realçou que o Standard Bank pode desempenhar um papel importante nesse processo, pois trata-se de um sector que o Banco domina perfeitamente: “Dependendo da proposta de negócios, o Banco está preparado para oferecer assessoria e serviços financeiros reconhecidos internacionalmente”, frisou Rajat Kholi.

Disse ainda acreditar que a indústria mineira será um dos sectores chave para a economia de Moçambique, daí a importância do envolvimento dos agentes económicos nacionais, para facilitar o desenvolvimento do projecto.

Os interesses nacionais do projecto do Carvão de Moatize - conforme acrescentou - podem ser representados através de um ministério, uma agência ferro-portuária ou ainda um banco de desenvolvimento, pois estes desempenham um papel muito importante para viabilizar os investimentos.

Estudos recentes indicam que Moçambique poderá ter reservas superiores a 23 mil milhões de toneladas de carvão mineral e a exploração a partir deste ano deverá tornar o País no maior exportador de carvão do continente africano.